sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Diante do Senhor – Pastores e Magos (MT.2:1-12 e Lc. 2:8-20)

Entre a busca dos simples e excluídos Pastores, a entrega dos gentios Magos, 
até o neném Emanuel! 
por Leonardo Felipe

Dando sequência à jornada de meditações sobre pessoas que ficaram, diante do Senhor!




Hoje vamos ver o encontro de dois grupos com Cristo! Não sabemos os nomes dos integrantes desses dois grupos (Pastores e Magos). Eles ficaram diante do Senhor quando Cristo inicia sua jornada como ser humano na terra. Eles são atraídos até Cristo por um anjo e pela ação sobrenatural em uma estrela.

Hoje, vamos ver o Senhor chamando Pastores e Magos para conhecê-lo e reconhecê-lo como o Salvador e Messias. Hoje vamos meditar e aprender algumas coisas, com um neném rejeitado que nasceu numa estrebaria e que tinha como berço uma manjedoura.


Introdução/Contexto

Após 400 anos de silêncio Deus volta a se revelar abertamente e manifestar de forma clara e aberta o plano Emanuel – Deus Conosco! Quando o Senhor voltou a se revelar para o seu povo e para toda a humanidade Ele promoveu o clímax, o ponto crucial, o momento mais importante, de toda a história da humanidade – que É a Encarnação do próprio Deus! A vinda do Cristo! A chegada do Deus Filho.

Luiz Sayão diz sobre esse momento e sobre essa vinda o seguinte: “Deus preferiu a forma mais sublime, simples e frágil de aproximar-se do homem: Cristo veio como um nenê!” Vamos meditar, refletir e quem sabe aprender que o Salvador, veio como nenê pelo princípio de que a presença da criança não pode passar despercebida. Cristo veio como um neném para que Hoje nossos olhares enxerguem a criança como fonte de aprendizagem em um mundo esquecido de valores que elas ainda preservam.

As outras duas referências de nossa meditação são os Pastores e os magos. John Stott, diz o seguinte: “Pastores e Magos, são Dois grupos totalmente distintos um do outro. Mas, vamos perceber que esses dois grupos tão diferentes se completam, se complementam na adoração ao Senhor Jesus Cristo. Os Pastores e os Magos, apresentam aspectos diferentes que se completam na nossa adoração a Cristo Jesus. Os Pastores e os magos, apontam situações e condições de vida diferentes e distantes; que Cristo Jesus mesmo assim, atraí e se importa.

Os Pastores e os Magos, ambos, são atraídos por Deus que os chama e que despertou os dois grupos para as Boas Novas. O que ocorreu com Os Pastores e os Magos nos mostra que é Deus quem nos chama e nos alcança quando ainda estávamos afastados e não entendíamos seu plano e propósito de salvação. Vejamos o que Os Pastores, os Magos e o Bebê Jesus nos ensinam.   


1. PASTORES

Embora os Magos apareçam primeiro na Bíblia no livro de Mateus, foram os Pastores (em Lucas) que primeiro receberam a revelação sobre a chegada do Messias Salvador. Alguns estudiosos esclarecem que provavelmente os Pastores não se encontraram com os magos, na visita ao nenê Cristo Jesus. Pastores e os Magos ficaram em momentos diferentes diante do Senhor como neném deitado numa manjedoura na estrebaria.

Mas, porque foram os Pastores os primeiros a ficar diante do Senhor como neném?

O Senhor atraiu primeiramente esses Pastores demonstrando e apontando o que ensinaria e o que viveria durante seu ministério.


1º Eram Pastores “Judeus” – “As boas-novas” de salvação – que é Cristo precisava vir primeiro aos Judeus; como Paulo explica em Romanos 1:16 "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego."

2º Eram Judeus “Pastores”. John Stott, Hendriksen, Ed René Kivitz demonstraram que os Pastores na nação judaica não tinham uma boa reputação. Eram considerados desonestos e pouco confiáveis. Era uma classe religiosamente desprezada, pois, a atividade de subsistência, o trabalho, não permitia que eles cumprissem todas as regras da lei de Moisés. Muitos pastores eram homens tementes a Deus; como os pastores dessa passagem; mas por não frequentar todos os rituais Judaicos eram rejeitados e desprezados.

Esses Pastores não eram donos dos rebanhos que pastoreavam e cuidavam. Esses Pastores trabalhavam para os proprietários desses rebanhos de ovelhas. Pastores donos de rebanhos de ovelhas não tinham propriedades (sítio, chácara, fazendinha) para cuidar dos seus rebanhos. Alguns poucos Pastores donos de rebanho, Se juntavam com outros pequenos pastores para juntos tentar cuidar de seus rebanhos. Os Pastores dessa passagem eram funcionários, pobres, humildes e indignos religiosamente.  

No Entanto, foi a eles que Deus escolheu para primeiro anunciar as “Boas Novas” mais extraordinárias que o mundo já ouviu: “O Messias Salvador há muito esperado havia nascido”. Foi para esses Judeus Pastores: rejeitados, pobres e indignos religiosamente; que o Messias foi primeiramente revelado. Isso me fala que Deus olha completamente diferente de nós. Não foi para o sumo sacerdote dos Judeus (autoridade religiosa mais importante) que cristo chegou primeiro e nem para alguma autoridade política. Foi pra gente simples, pobre e excluída (que tal vez, nos rejeitaríamos), que Cristo primeiro chegou.


E a reação dos Pastores a essa notícia (as boas Novas) foi exemplar:

1º Ouviram perplexos e cheios de temor; Precisamos ouvir. Parar, para ouvir as Boas novas do Senhor.

2º Foram buscar conhecer o que lhes foi revelado, (V.15) “Vamos até Belém...” e (V.16) “foram apressadamente...” Diante das Boas novas precisamos agir ir, deixar algo, fazer algo, melhorar algo ou começar a fazer algo. Mas, acima de tudo precisamos buscar o Senhor.

3º Depois de terem visto Jesus, ele “contaram a todos” o que tinham visto e ouvido (V.17). Não puderam guardar as boas novas para si. Eles queriam que todos soubessem.

4º Por fim, “os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido” (V.20). Em outras palavras, sua experiência resultou em adoração e testemunho.

Voltaram para suas casas, mas não eram mais os mesmos. Eles agora eram adoradores do único que é digno de receber louvor e glória.

Voltaram para suas casas, mas agora eram servos de um Rei de um reino que jamais terá fim.

Portanto, os pastores nos mostram que quando cristo se revelar a nós precisamos ouvir, Buscar em adoração, e anunciar-testemunhar o Messias.


2. MAGOS

John Stott disse que as igrejas ocidentais nesse período do ano celebram a Chegada (epifania-manifestação) de Cristo para os gentios. Os Magos-Sábios eram Gentios e representam os outros povos e nações da terra. Nós somos gentios como os Magos, nós não somos Judeus. Entenda que eram chamados de magos, mas não no sentido de gente que fazia magia, mágicas e feitiços. Eram magos - sábios eram como cientistas daquela época. Eram homens extremamente cultos, ricos e de outra formação religiosa. Não faziam parte do chamado “povo de Deus” os Judeus. Eram completamente diferente dos Pastores.

Eles foram os primeiros de milhões de outros gentios que vieram adorá-lo. Esta é a atração universal de Jesus - Ele não se restringe a nenhuma etnia ou nação. Ele trouxe os Pastores de seus campos e os magos do oriente. Ele ainda age como um ímã. Atraí pessoas de todas as culturas. Cristo atraí pessoas de todas as culturas, e isso é uma das mais convincentes evidencias de Jesus é o Salvador do mundo.

Os sábios-magos do oriente, deixaram seu conforto e foram atrás do Messias Salvador. Os sábios-Magos conheciam e citaram a profecia do profeta Miquéias 5:2 de que em Belém viria o governante-Salvador que existia desde a eternidade. Os sábios-magos eram bem diferentes dos Pastores. Os magos eram bem quistos, bem vistos, e estimados. O próprio Rei dos Judeus, Herodes, os recebe. 

Os Sábios-magos eram ricos, intelectuais e bem vistos, Mas mesmo toda essa condição de vida favorável não preenchia o vazio que só Cristo pode preencher e satisfazer. A busca e entrega dos sábios-magos para encontrar o messias mostra que a riqueza; todo o conhecimento que aprenderam ao longo da vida; e toda a boa fama que tinham não era mais importante do que conhecer, ofertar e adorar o único Rei e Salvador Jesus Cristo.  


3. JESUS – o nÉnem

      Bom depois de meditar e refletir sobre os Pastores e sobre os Sábios-Magos, vamos meditar e refletir um pouco sobre o Cristo Jesus enquanto neném.

      Quais as implicações e lições que o Senhor pode nos ensinar enquanto Cristo esteve nessa condição?

      Para isso vou me basear na excelente obra: “Uma Criança os Guiará – por uma teologia da Criança”.

      Luiz Sayão diz que: “A grande verdade é que o lugar do nenê, e da criança, é tão especial que Deus resolveu invadir a história humana na figura de um nenê. Em vez de descer diretamente do céu, ou de chegar repentinamente com um exército celestial para implantar seu reino, Deus preferiu a forma mais sublime, simples e dependente do homem, veio como um nenê!

      Já Ariovaldo Ramos diz que: “A melhor parte da vida humana está com as crianças... nelas ainda “podemos” ver o melhor do ser humano.”

      Carlos Queiroz diz que: “as crianças nos humanizam e evangelizam.”

      Precisamos urgentemente ser sensibilizados pelas crianças. A criança pode nos ajudar a resgatar e preservar virtudes dadas por Deus, que ainda estão presentes nelas, como: a capacidade do perdão, a amizade fácil e sem interesse, a espontaneidade, a sinceridade, o amor incondicional e sincero, a dependência e a humildade.

      Cristo veio como bebê e foi uma criança, pois depois, durante o seu ministério nos advertiu para: “nascer de novo”; “aprender a louvar com as crianças de colo” e “e ser como os pequeninos porque deles é o reino dos céus!” Cristo como sempre viveu e depois ensinou.

      Luiz Sayão diz também que:

“antes de ler a Bíblia e de fazer uma oração, procure um nenê, de preferência dormindo, e gaste uns dois minutinhos olhando bem para ele. Pronto! Você está pronto para meditar e orar!”

      Cristo veio como um bebezinho frágil, indefeso, dependente e simples. Cristo disse para conhecermos Ele e assim, conhecemos o Pai. Pois, foi como um nenê que Ele começou a nos ensinar sobre Deus, seu Reino e a Salvação.

      Deus, por meio do sacrifício de seu único filho, conseguiu a solução do maior problema do mundo: o Pecado! E foi a encarnação, vir como um nenê, o 1º passo da solução para os nossos pecados.

      Foi um nenêzinho sem lugar para nascer, deitado no coxo de animais em um curral, onde a nossa salvação chegou e começou.

      Foi esse nenênzinho que mostrou para todos, em todos os tempos que um Deus tão grande e poderoso, é simples, humilde, e terno como um bebê!  


APLICAÇÕES:

1ª Buscar como os Pastores.

  Mesmo que tenhamos uma atividade e reputação ruim, Cristo nos chama e se revela.

  Que possamos seguir o exemplo dos pastores: 1º Ouvir; 2º Buscar em Adoração; 3º Anunciar-Testemunhar.

  Muitos hoje não querem ouvir; outros ouvem, mas não buscam em adoração, existem também os que ouvem, buscam em “adoração”, mas não estão dispostos a anunciar-testemunhar.

  Ouvir as Boas novas, buscar em adoração o cristo e anuncia-Testemunhar a Cristo!


2ª Se entregar como os Sábios-Magos.

  Mesmo que tenhamos uma condição financeira muito tranquila, uma formação intelectual (faculdade, pós-graduação e etc) excelente, e uma reputação admirável; Cristo é nossa única e real necessidade.

  O sábios-magos ensinam com seu exemplo que o dinheiro adquirido ao longo da vida; o conhecimento aprendido; a boa fama conquistada nem se comparam com a possibilidade de conhecer, seguir, adorar e entregar-se a Cristo.

  Os sábios-magos nos mostram que todos os nossos bens (que o Senhor nos Deu); todo nosso conhecimento (que Ele nos permitiu aprender) e toda a reputação conseguida ao longo da vida, deve ser lançada aos pés do nosso salvador em adoração e rendição.

3ª Ensinamentos de Cristo como neném.

  Todos nós que fomos atraídos por Jesus Cristo somo chamados a imitar, aprender e ser como um nenêzinho e/ou pequenas criançinhas.

  Para essa aplicação pensei nos pequeninos que tive a graça de conviver e que posso conviver: como o Alice, Luiza e Bielzinho! Ter pequeninos como o Alice e Gabrielzinho é uma dádiva é uma benção.

  Com bebêzinhos e criançinhas aprendemos sobre:

     Perdoar;

     Amizade fácil e sem interesse;

     Sinceridade e Simplicidade;

     Amor incondicional e sincero;

     Depender do senhor com humildade.


CONCLUSÃO

         O Senhor chama a todos para ficar diante dele. Chama Pobres Pastores, rejeitados e sem reputação; como também chama ricos, sábios com boa reputação, e mostra para todos, em todo tempo, que precisamos do Cristo Salvador.

         Ele veio como um bebê e viveu como uma criança mostrando para todos esses que Ele chamou, que precisamos ser como os elas porque Delas é o reino dos Céus.


FELIZ NATAL.

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