terça-feira, 20 de outubro de 2015

Porque Deus não é uma bandeira

por Aline Lacerda
O mundo está constantemente em guerra. Os motivos são diversos e quer sejam eles importantes ou fúteis, são todos injustificáveis. Dessa forma, é triste ver que o povo que se diz exército do Príncipe da Paz, tantas vezes, é o que mais peleja contra os que estão ao seu redor ou os que pensam diferente deles. 
Muitas vezes, acreditamos que temos que lutar pelo Senhor com nossas próprias forças e assim combatemos as pessoas que deveríamos amar, já que a própria Bíblia diz que nossa luta não é contra carne ou sangue. Temos perdido amigos e familiares porque o desejo de estar certo está acima da vontade de dar a outra face ou de dar a vida pelo nosso próximo.
Jamais use a Palavra de Deus como instrumento para agredir às outras pessoas.Ela é Sagrada demais para ser reduzida aos seus próprios interesses. Não acredite, também, apenas nos trechos dela que te convêm, ignorando as partes em que ela te incomoda penetrando na divisão da sua alma e espírito, pois ela é instrumento de transformação e não deve ser diminuída à nossa conveniência. 
Michael Gungor escreveu uma música chamada ‘white man’ (homem branco) em que ele canta: ‘Deus não pode ser comprado, Deus não vai ser encaixotado, Deus não será propriedade de religião. Deus não é um homem branco, Deus não é um homem velho. Deus não pertence aos republicanos, Deus não é uma bandeira, nem mesmo a americana, e Deus não depende de um governo. Deus é Amor e ama a todos’. 
Não rotule Deus através da sua mente limitada e falha. Ele não pode ser encaixado em categorias ou delineado pelas suas mãos curtas.
Somos incapazes de compreender ao Senhor na Sua plena existência porque Nele há mistérios que nossa mente não pode suportar. Ele tem se revelado tanto à nós, de diversas formas na natureza, no amor, na solidariedade e, principalmente, na Sua translúcida Palavra, na qual Ele nos conta muito sobre Si mesmo, mas também guarda segredos que coube que não acessássemos ainda.

Não tenha jamais a pretensão de querer ser o detentor da verdade absoluta para tentar enfiá-la ‘goela à baixo’ nas pessoas. O Caminho que é a Verdade e a Vida não impõe a ninguém a Sua vontade. Dessa forma, a intolerância religiosa não condiz com o caráter que Cristo quer formar em nós. Com Ele aprendemos a respeitar as diferenças, vivendo pacificamente o Evangelho que nos foi ensinado, demonstrando a Sua vida em nós para assim impactar o mundo ao nosso redor.
Sim, Deus é o nosso Jeová Nissi (é a nossa bandeira, o que nos guia, nos identifica – leia lá em Êxodo 17:15) , aquele por quem vivemos e existimos. Ele é o nosso ideal e a camisa que vestimos. Só não devemos nos esquecer que a única revolução que Ele nos convocou a participar é a do Amor, em que não há morte, mas vida eterna em abundância; em que não há dor, mas toda lágrima por Ele é enxugada; em que não há mais tristeza, mas Ele nos veste de alegria; em que não há mais rancor, mas por Seu sangue todos podemos ser perdoados; em que não há mais abandono, mas Nele podemos ser feitos filhos de Deus. Esse é o estandarte que devemos fixar em nossos corações.
fonte: http://minhavidacrista.com/edificacao/porque-deus-nao-e-uma-bandeira/

Nenhum comentário:

Postar um comentário