terça-feira, 5 de junho de 2012

Diante do Senhor – O Endemoninhado (Marcos 5:1-20)


Da desordem a ordem. Da exclusão a inclusão
por: Leonardo Felipe

"2 Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo,[...] 15 Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram." Marcos 5:1-20

Jesus atravessa o Mar da Galiléia e chega à margem oriental. Na travessia enfrentou forte tempestade que quase levou o navio a pique. Já na margem Cristo encontra uma figura “aterrorizante” e “medonha”. 
Hendriksen diz que, no final do capitulo 4 e início do capítulo 5, Jesus sai da situação de “mar agitado” (Mc.4:35-41) para encontrar um “homem agitado” (Mc.5:2-18). Humanamente falando, ambos (Mar Tempestuoso e Homem Endemoninhado) eram indomáveis, mas diante de Jesus o improvável se torna provável, o impossível é possível e a desgraça virá graça.
Desordem e exclusão! Era no ritmo dessas duas situações que esse homem anônimo vivia. Vivendo no meio dos sepulcros, acorrentado, ferido (devido sua constante automutilação), fétido e maltrapilho (talvez desnudo) passava seus dias e noites. 
Esse homem era o refugo, a causa perdida, a escoria, a completa desordem social, a exclusão no mais alto nível e o mais alto grau de loucura lhe era imposto. E assim passava seus dias e noites. 
Era um homem sem perspectiva, sem possibilidade, sem esperança, sem chance, sem meios possíveis para suplantar sua situação. E assim passava seus dias e noites.
Esse homem era tentado, oprimido, preso, amordaçado, cativo, reprimido e escravizado por seus demônios. E assim passava seus dias e noites.
Era um homem solitário, sozinho, humilhado, rejeitado, esquecido, ignorado, abandonado e largado á própria sorte. E assim passava seus dias e noites.



Mas, naquela manhã tudo iria mudar. Diante de Cristo a opressão, a possessão, a escravidão, o cativeiro e a mordaça são retirados. As correntes espirituais, emocionais e humanas caem e a libertação chega, o refrigério é derramado, o perdão e concedido, a consciência se recobra, as correntes das trevas são destruídas e a liberdade acontece. E é nessa nova forma que esse homem passará a viver seus dias e suas noites.
Talvez seja preciso nos encontrar com Cristo também. Talvez alguma área da nossa vida precise se encontrar com Cristo. Talvez na nossa jornada algumas circunstâncias e situações estejam sem esperança, perspectiva e possibilidades.
O Cristo que acalmou a tempestade pode acalmar as vidas tempestuosas; abrandar situações e áreas turbulentas da nossa existência;  mudar a desordem das nossas vidas em ordem; transformar a exclusão em inclusão. 
O Cristo que acalmou a tempestade pode acalmar corações e liberta cativos espirituais.
Depois que se encontra com Cristo, aquele antigo endemoninhado que causava espanto agora está “assentado, vestido e em perfeito juízo”. O espanto dos seus conterrâneos quando lhe vêm dessa forma é outro. Atônitos, assustados, chocados e com medo ficam sem entender e pedem que Cristo vá embora diante de tamanho rebuliço.
O homem renovado por Cristo, antes sem propósito, quer agora estar com o mestre. Mas, Ele lhe dá um propósito e um desígnio. “...Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam.” O novo homem sai anunciando em Decápolis (Dez cidades ou dez vilarejos) sua libertação. É agora um missionário, representante do Rei dos Reis.

por: Leonardo Felipe. 



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