quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Senhor nossa Rocha maior



Desde o fim da terra clamarei a Ti, quando o meu coração estiver desmaiado; leva-me para a rocha que é mais alta do que eu.” (Sl 61:2 ACF)

A maior parte de nós sabe o que é ter o coração desmaiado; vazio como quando um homem passa com um pano num prato e lhe dá a volta; mergulhado e lançado sobre o seu flanco como um navio dominado pela tempestade.Descobertas de corrupção interior produzirão este efeito, se o Senhor permite que o grande abismo da nossa depravação entre em erupção e vomite lama e lodo. As decepções e os desgostos produzirão este efeito quando vaga após vaga passam sobre nós, e nós somos semelhantes a uma concha quebrada, atirada com violência dum lado para o outro pela rebentação. Graças a Deus que nessas ocasiões não estamos sem uma muito suficiente consolação, o nosso Deus é o porto de abrigo do velame castigado pelo mau tempo e o hospício dos peregrinos perdidos. Deus está mais alto do que nós; a Sua graça é mais alta do que os nossos pecados e o Seu amor mais alto do que nossos pensamentos. É deplorável que os homens a ponham a sua confiança em algo mais baixo do que eles mesmos; mas a nossa confiança está posta num Senhor muito alto e glorioso. Ele é uma Rocha porque não muda e uma alta Rocha porque as tempestades que nos afligem passam longe, sob os Seus pés. Ele não é perturbado por elas, mas domina-as pela Sua vontade. Se nos refugiarmos debaixo do refúgio desta alta Rocha podemos desafiar o furacão. Tudo é calmaria protegido por aquele altaneiro penhasco. Ai de mim! Meu Deus! É tal a confusão em que frequentemente está lançada a mente perturbada, que precisamos de nos dirigirmos para este divino refúgio. Daí a oração do versículo. Oh Senhor, nosso Deus, ensina-nos pelo Teu Santo Espírito o caminho da fé, guia-nos ao Teu descanso. O vento leva-nos de volta para o mar; o leme não responde à nossa débil mão. Tu, só Tu podes, por entre as escondidas rochas, pilotar-nos sãos e salvos a porto seguro. Quão dependentes somos de Ti! Necessitamos que Tu nos conduzas a Ti. O sermos sabiamente dirigidos e guiados em segurança e paz é Teu dom e só Teu. Esta noite, digna-Te seres benigno para com Teus servos.


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 Evening’s Meditation—C. H. Spurgeon
Leituras  Vespertinas
Tradução de Carlos António da Rocha

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